Eu juro...

"Não, você não sabe, você não sabe como
tentei me interessar pelo desinteressantíssimo..." (Caio Fernando Abreu)





Desculpa, eu tentei.
Ali estava.
Sentada na sala, todos os dias.
Oferecendo o melhor sorriso com as mãos apertadas na saia.
A minha ironia refinada
E você riu
( quantas vezes?)
do meu sarcasmo.

Mas por que sempre no olho do teu sorriso esse fio de raiva?

Eu te disse coisas bonitas
Gostava de ver você sorrir.
Eu te disse “saudade”, “afinidade” e um bocado de “sim”.
E por que de volta só tuas palavras e sentimentos virando rápido a esquina?
Eu gastei o que não tinha para te visitar em outra cidade.
Organizei os teus remédios.
Confiei o segredo do meu corpo descoberto.
E no meio desse encontro de sábado sei que perdi.
Perdi para tua postura de bote
Para a sensação riscada na carne, pendurada no teu sorriso crispado
Que falei além.
Descer as escadas da tua casa
Correr, fugir...
Eu que digo demais
Para tentar te ensinar um pouco de entrega.
Eu juro que tentei.... Mas acho que...
Não que eu seja santa.
Só tentei que acontecesse contigo
E eu...juro... que.



"- Obrigada pelos livros!"
Terminei.
E daqui pra frente te deixo livre pra pensar o pior de mim.


Fabiana B. Farias

Jonathan  – (14 de setembro de 2009 às 17:26)  

Q poema ótimo, Fabi!!!!!
Tem um estilo sóbrio, direto e muito interessante!!!!! Mt bom msm!!!
E q foto terrivelmente maravilhosa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

bjssssssssss

Denise Silva (DenyAngel)  – (14 de setembro de 2009 às 19:20)  

Nossa Fabi me identifiquei tanto com o texto...
"Eu te disse “saudade”, “afinidade” e um bocado de “sim”.
E por que de volta só tuas palavras e sentimentos virando rápido a esquina?" e... "E daqui pra frente te deixo livre pra pensar o pior de mim."
Despreocupar-se... pra que pensar no que pensam sobre mim???

Bjsss!!!

Tony  – (16 de setembro de 2009 às 17:58)  

kkkkkkk. Incrível capacidade a sua de traduzir situações que nem tem conhecimento. Voltei no tempo com seu texto! Bom, nada de confissões aqui, mas é crítico qdo nossos sentimentos assumem seu cansaço e começam a esbaforir sua fadiga com palavras urgentes.
Re-experimentei minhas pernas se dobrando no chão depois de uma caminhada de relacionamento bem exaustivo...
De tantos textos seus que leio, será que não vai perder nunca a capacidade de me tocar??? Vc é incrível, Fabi!!

Charles F. Miranda  – (17 de setembro de 2009 às 10:54)  

Já disse q não sei analisar um poema pelo estilo, forma, ou seja lá q diabo for kkk! Mas dentro do q reconheço como belo, tocante, e interessantíssimo kkk ... as coisas q vc escreve sempre se encaixam com perfeição. Adoro ler vc!!

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