Do não



Eu contei uma história para meu filho. A história do que não vivi. E ela era tão mágica e fascinante que a arrematei com detalhes generosos do não-acontecido. Sorria quando falava dos amigos que não abracei e daquela vez… Bom, daquela vez engraçada em que varei a noite bêbada na praia, nesse dia que nunca existiu.

Passei a tarde contado vários episódios significativos para mim e que nunca aconteceram ou sequer aconteceriam. Dancei, imitei vozes nunca ouvidas, fiz gestos inatingíveis com as mãos.

Meu filho olhava fascinado. E ali soube que sou muito mais não do que sim.



Fabiana B. Farias

Charles F. Miranda  – (1 de setembro de 2009 às 20:39)  

Caramba ... será q sou mais não do q sim? Quero não Fabi ... já basta ter descoberto, depois de assistir o Globo Repórter, q sou doente!! Bom, pelo menos no teste q fiz durante o programa,eu fui mto mais SIM do q NÃO kkkk! Adorei!!

Jonathan  – (1 de setembro de 2009 às 21:42)  

Texto excelente, Fabi!!!! Simples, natural e perfeito!!!!

bjssssssss

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